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Exposição "Raiz" na Casa de Cultura

Esculturas criativas em exposição

Teresópolis, 19/08/2010 - Até o dia 5 de setembro, o público poderá ver, na Galeria da Casa de Cultura Adolpho Bloch (Praça Juscelino Kubitschek, s/nº - bairro de Fátima), a exposição “Raiz – A Natureza como Ensinamento”. A mostra, inaugurada no último sábado, 14 de agosto, reúne cerca de 20 esculturas, feitas a partir de raízes de árvores, confeccionadas pelo artista plástico Amabílio Macedo. A visitação acontece de segunda a sábado, das 9h às 18h.

As peças, em variados tamanhos e formatos, não têm forma clara definida, já que obedecem ao próprio formato da raiz. Ao mesmo tempo, permitem as mais diversas interpretações. Militar reformado, Amabílio Macedo iniciou a atividade há 26 anos, em seu sítio, em Guapimirim, por acaso.

“Eu tinha me aposentado e resolvi criar peixes. Quando comecei a abrir os poços para a criação, encontrei as primeiras raízes e, daí, surgiu em mim a vontade de resgatar aquele material”, conta o escultor.

O trabalho do artista, no entanto, não está em modificar a forma das raízes e sim revelá-las. Ele limpa cada uma das raízes, retira a parte degradada, interferindo o mínimo possível, realiza polimento, identificando as formas, riscos e vincos existentes e, então, encera a raiz, transformando-a em uma escultura. O trabalho se tornou uma filosofia de vida para Amabílio, que busca revelar a beleza da própria raiz, fazendo uma analogia ao homem.

Ele faz questão de transmitir este ensinamento por onde quer que passe. “Eu procuro o que há de bom em cada raiz e assim penso que devemos tratar as pessoas, procurando sempre revelar o que elas têm de melhor”, comenta.

As esculturas do artista, que levam em média dois meses para ficarem prontas, já estiveram expostas no Sesc, Jardim Botânico, Aeroporto Internacional, escolas do Rio de Janeiro e de diversas outras cidades. Ao longo dos 26 anos de carreira, Amabílio já confeccionou mais de 300 peças feitas com raízes de árvores e adianta que poucas delas foram vendidas. “Minha intenção nunca foi vendê-las. Muito mais importante é passar a mensagem de que devemos ver e aproveitar o melhor das pessoas”, conclui.

Para o Secretário de Cultura, Wanderley Peres, a mostra revela, mais do que beleza, a grande diversidade de conhecimento que a cultura pode oferecer. “O espaço da Casa de Cultura sempre esteve aberto a todos os nossos artistas, ligados à música, à dança, ao teatro e também às artes plásticas. E neste caso, em especial, a mostra nos deixa ainda mais orgulhosos por ter a exposição não apenas um caráter estético, mas também um intuito filosófico”, avalia o secretário.

 

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